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MISSÃO PRO AMAZONAS| Fé, solidariedade e esperança às comunidades ribeirinhas

Há pouco mais de dez anos, a missão leva alimentos, roupas, calçados e o Evangelho às comunidades carentes isoladas do Amazonas |FOTO: Divulgação/Missão Pró Amazonas

Em um dos estados brasileiros mais afetados pela covid-19, surge uma "luz"; uma esperança, principalmente àqueles que mais precisam nesse momento. Assim, a Missão Pró Amazonas tem se empenhado, desde o início da pandemia, em levar alimentos, roupas, calçados e fé aos ribeirinhos e às comunidades indígenas. Mas o trabalho já acontece há mais de dez anos. 

A missão é definida como uma associação evangélica, formada por líderes de diferentes denominações, com o objetivo de promover atividades diversas, além de proclamar o Evangelho de Cristo. Uma de suas principais frentes de trabalho é justamente atender as necessidades daqueles que se encontram isolados no Estado do Amazonas. 

Todos os meses, acontecem viagens de visitas às comunidades ribeirinhas, onde acontecem as ações sociais, aconselhamentos, discipulados, além de atividades lúdicas, esportivas e artísticas. Entre as comunidades atendidas estão Lago do Arrozal, Agostinho e Lago do Ramos. Em algumas delas, os missionários precisam lidar com questões envolvendo violência, drogas e escassez de alimentos. 

"Cada comunidade e aldeia tem que ser encarada de maneira diferente. todas são singulares. Já enfrentamos situações onde a corda do nosso barco foi cortada e ficamos a deriva no rio por um dia inteiro", conta o pastor Deusames Rodrigues, que lidera a missão desde o início, em 2009. 

"Tantas outras situações não se comparam com a dificuldade do sincretismo religioso. Em sua maioria, eles absorvem de diversas crenças e religiões e o entendimento completo do Evangelho fica dificultoso. O convívio e o discipulado contextualizado, muitas vezes complicado, por conta do analfabetismo, tem que ser intenso e no dia a dia dentro de sua rotina. Exemplo: Caçando, pescando, fazendo farinha e assim por diante", explica o pastor. 

Por conta da pandemia, o Estado do Amazonas esteve nos holofotes dos noticiários, inclusive fora do país, por conta da violência que o novo coronavírus investiu contra os amazonenses. Segundo boletim do Governo do Estado, o número de infectados passam de 40 mil e as mortes, mais de 2.070 casos. 

Com o fechamento do comércio, o colapso no sistema de saúde, quem vive longe ficou ainda mais isolado que o habitual. Coube a ações como a da Missão Pró Amazonas suprir a grande necessidade dos ribeirinhos, que segundo último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), somam mais de 40 mil comunidades no Estado. 

A entrega, de acordo com o pastor Deusames, tem sido por meio do transporte rodoviário. "O cacique tem ido buscar os donativos na rodoviária e levando até a sua aldeia e nas comunidades. O líder da comunidade tem buscado no barco em navegação. Temos tido todo o cuidado com a higienização e dando toda a orientação possível para não levar o vírus através do donativos", disse o líder da missão. 

Toneladas de alimentos são enviadas para suprir a necessidade dos ribeirinhos neste período difícil da pandemia, em que o comércio foi fechado

Além disso, a missão também contribui com envio de medicamentos de uso cotidiano. Para os casos mais específicos, os remédios são enviados sob prescrição médica. Para o pastor Deusames, é necessário mais do que empenho e esforço para esse tipo de trabalho, o qual poucos ousam se entregar. É preciso também ter o coração tomado pelo desejo de cumprir com a missão dada por Cristo. 

"A missão não para. Ela se contextualiza com a situação. Mas a necessidade maior perdura e o Evangelho pode ser vivido e demonstrado neste momento de maneira direta e prática, cuidado de todos, com um cuidado integral, que envolve tanto o físico quanto o emocional", finaliza o pastor. 



Aos interessados em contribuir com a missão e permitir que o Evangelho e as ações sociais naquelas localidades não parem


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